terça-feira, 22 de junho de 2010

20 melhores filmes baseados em livros

Quem sente prazer em ir ao cinema? E quem gosta ainda mais de ver um filme adaptado nas telonas? Pois então... se você também se encaixa na segunda categoria de amantes da sétima arte, junte-se a nós. Segue abaixo a lista das 20 melhores adaptações de livros que foram diretamente para os cinemas.

1. O Poderoso Chefão – Parte I (1972)

Clássico norte-americano dirigido por Francis Ford Coppola. Baseado no romance homônimo de Mario Puzo, o filme recebeu nove indicações ao Oscar e levou três estatuetas para casa (Melhor Filme, Melhor Ator - Marlon Brando - e Melhor Roteiro Adaptado). Curiosidade: Robert de Niro fez testes para os papéis de Michael e Sonny Corleone no primeiro filme, mas não conseguiu nem uma pontinha. Como prêmio de consolação, interpretou o jovem Don Vito na Parte II.

2. O senhor dos anéis – O retorno do Rei (2003)

Terceiro (e último) longa-metragem baseado no livro de J.R.R. Tolkien. O filme finaliza a história de Frodo, um hobbit que deve destruir o anel com poder de corromper quem o usa. Ganhou 11 Oscars, sucesso puro! Curiosidade: a história incorpora fortes nuances da ópera do alemão Richard Wagner: O Anel dos Nibelungos.

3. E o vento levou (1939)

Clássico dirigido por Victor Fleming e baseado em obra homônima de Margaret Mitchell. As atuações consagradas de Clark Gable e Vivien Leigh contribuíram para que o longa-metragem alcançasse 13 indicações oficiais ao Oscar e duas honorárias. Levou dez estatuetas para casa. Curiosidade: mais de 1.400 atrizes fizeram o teste para Scarlet O’Hara. Tadinhas...

4. O mágico de Oz (1939)

Musical baseado em livro infantil homônimo de L. Frank Baum. Conta a história da garota Dorothy, que é capturada por um tornado no Kansas e levada a uma terra fantástica. O filme, estrelado por Judy Garland, teve seis indicações ao Oscar, tendo conquistado dois deles. Curiosidade: ocupa a terceira colocação na Lista dos 25 Maiores Musicais Americanos de todos os tempos (idealizada pelo American Film Institute).

5. Um corpo que cai (1958)

Dirigido por Alfred Hitchcock, o filme é um dos maiores suspenses de todos os tempos. Ok, isso todo mundo sabe. O que poucos conhecem é o livro D’Entre lês Morts, da dupla Pierre Boileau e Thomas Narcejac, que escreveu a obra especialmente para o diretor filmá-la. Apesar de seu talento incontestável, Hitchcock nunca levou uma estatueta do Oscar para casa.

6. Um sonho de liberdade (1994)

Filme de Frank Darabont que relata a história de um banqueiro condenado à prisão perpétua pelo assassinato da mulher. O personagem faz amizade com um prisioneiro veterano e sonha em ser livre novamente. Baseado em livro de Stephen King, o longa conta com a atuação de Tim Robbins e Morgan Freeman. Recebeu sete indicações ao Oscar.

7. A lista de Schindler (1993)

Dirigido por Steven Spielberg, conta a história de um empresário alemão que usou seu dinheiro e conexões para libertar judeus de campos de concentração na Segunda Guerra Mundial. Baseado no livro de Thomas Keneally, traz atuações marcantes de Liam Neeson, Ralph Fiennes e Bem Kingsley. Venceu sete Oscars e três Globos de Ouro.

8. Psicose (1960)

Filme de Hitchcock conhecido pela famosa “cena do banheiro”. Conta a história de Marion, uma secretária que rouba 40 mil dólares e foge para que ninguém a descubra. Escondida no decadente Motel Bates, Marion é esfaqueada enquanto toma banho. É baseado no livro de Robert Bloch. Curiosidade: Hitchcock comprou anonimamente todos os direitos do livro por onze mil dólares e, após isso, recolheu todas as cópias disponíveis no mercado para que ninguém soubesse o final da trama. Recebeu quatro indicações ao Oscar.

9. 2001: Uma odisséia no espaço (1968)

É um dos melhores filmes de ficção científica de todos os tempos. Dirigido por Stanley Kubrick, o filme mostra a evolução do homem desde seus primórdios até à era espacial. Foi baseado em duas obras de Arthur C. Clarke (The Sentinel e 2001: A Space Odyssey). Venceu o Oscar de efeitos especiais, mas concorreu em outras três categorias.

10. Laranja Mecânica (1971)

Clockwork Orange, nome original do filme, foi dirigido por Stanley Kubrick e tornou-se um clássico do cinema mundial. Baseado em romance homônimo de Anthony Burgess, o longa-metragem teve um orçamento de apenas 2,2 milhões de dólares e, em contrapartida, tornou-se um dos filmes mais influentes de sua época. Conta a história do jovem Alex DeLarge, líder de uma gangue de arruaceiros e dono de gostos díspares como música erudita, estupro e ultraviolência. Recebeu quatro indicações ao Oscar. Curiosidade: a banda Sepultura lançou no começo do ano o álbum A-lex, inspirado no livro.

11. Tubarão (1975)

Filme dirigido por Steven Spielberg baseado em romance homônimo de Peter Benchley. Relata a história de diversos ataques realizados por um tubarão branco, especialmente agressivo, a uma comunidade litorânea. Custou 8,5 milhões de dólares e, em dois anos de exibição, já havia faturado 260 milhões. Destaque para a trilha sonora, que dá frio no estômago a qualquer um que a escute. Levou três Oscars.

12. Casablanca (1942)

Considerado por muitos o melhor filme de todos os tempos, o longa-metragem dirigido por Michael Curtiz é baseado na obra de Murray Burnett e Joan Alison. Relata a saga dos cidadãos que tentavam fugir da Europa na época da ocupação nazista. Foi indicado a oitos Oscars, levando três deles (inclusive Melhor Filme). Consagrado pelas atuações carismáticas de Humphrey Bogart e Ingrid Bergman.

13. Clube da Luta (1999)

Dirigido por David Fincher, o filme é baseado no romance homônimo de Chuck Palahniuk. Narra a história de um executivo (Edward Norton), que trabalha como investigador em uma empresa de seguros e vive bem, embora tenha a existência vazia. Porém, sua vida muda com a chegada de Marla Singer (Helena Bonham Carter), uma sociopata com tendências suicidas que passa a ir à terapia por razões parecidas às dele.

14. O iluminado (1980)

Baseado no livro homônimo de Stephen King, o filme de Stanley Kubrick é estrelado por Jack Nicholson. Conta a história de uma família isolada em um hotel e, nessa situação, o filho do casal torna-se capaz de prever e rever acontecimentos, denotando uma inteligência incomum para a sua idade.

15. Orgulho e Preconceito (2005)

Filme dirigido por Joe Wright que conta a história de Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy. Faz crítica direta à sociedade baseada nos interesses de riqueza muito freqüentes na Inglaterra rural do século XVIII. Baseado na obra homônima de Jane Austen, o longa-metragem conta com a atuação de Keira Knightley e Matthew Macfadyen nos papéis principais. Curiosidade: o livro foi escrito antes mesmo que Jane Austen completasse 21 anos de idade.

16. O silêncio dos inocentes (1991)

Filme de suspense realizado por Jonathan Demme com roteiro baseado no livro homônimo de Thomas Harris. Relata a história da jovem agente do FBI Clarice Starling, que deve capturar o serial killer responsável pelo desaparecimento de diversas garotas. O elo de ligação? Ora, cada vítima tinha casulos de uma borboleta tropical no interior de seus corpos! Ganhou cinco Oscars nas principais categorias (Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz, Melhor Ator e Melhor Roteiro Adaptado).

17. O paciente inglês (1996)

Estrelado por Ralph Fiennes, o filme de Anthony Minghella acontece na Segunda Guerra Mundial quando uma enfermeira cuida de um homem ferido que, em seu leito de morte, relembra o passado e um romance marcante. Baseado no livro homônimo de Michael Ondaatje, foi indiacado a onze Oscars e levou oito (incluindo Melhor Filme).

18. Bonequinha de Luxo (1961)

Breakfast at Tiffany’s, título original da obra, é um filme dirigido por Blake Edwards com roteiro baseado em livro de Truman Capote. Narra a história de Holly (Audrey Hepburn) que, aos 14 anos, fugiu da fazenda onde morava para ser atriz de Hollywood. Porém, acaba em Nova Iorque onde trabalha para um chefe mafioso que a banca em troca de seus serviços escusos a homens ricos. Curiosidade: no livro de Capote, Holly é bissexual, mas isso não foi mostrado na película.

19. O exorcista (1973)

Filme de terror realizado por William Friedkin que conta a história da jovem Regan MacNeil, que tem seu corpo dominado por um demônio chamado Pazuzu liberado durante as escavações no Iraque. É inspirado no livro homônimo de William Petter Blatty e foi o primeiro filme de terror a vencer o Oscar: levou as estatuetas de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Som.

20. O talentoso Ripley (1999)

Longa-metragem de Anthony Minghella estrelado por Matt Damon. Conta a história de Tom Ripley, que possui o dom incomum de imitar com perfeição a assinatura, voz, trejeitos e qualquer outra característica das pessoas. É baseado em obra homônima de Patrícia Highsmith. Foi indicado a cinco Oscars, mas não levou nenhuma estatueta.

Prêmio de consolação: Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004)

Harry Potter não é propriamente "literatura", e (apesar de ser fã da série) não poderia estar nesta lista entre os 20 melhores. No entanto, o terceiro livro de J.K. Rowling, que foi levado às telonas por Alfonso Cuarón, não pode ser esquecido. Com uma direção brilhante, o filme desponta como a melhor adaptação da série bruxa para as telonas. Recebeu duas indicações ao Oscar e, assim como O Senhor dos Anéis, mostra que super produções também podem ser grandes adaptações (não sustentadas somente por efeitos especiais).

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Audrey Hepburn

Para ter lábios atraentes, diga palavras doces; para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas; para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos; para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia; para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho; pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas;lembre-se que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, você a encontrará no final do seu braço. Ao ficarmos mais velhos, descobrimos porque temos duas mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo; a beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside.'

Audrey Hepburn

terça-feira, 1 de junho de 2010

Lost - Totalmente decepcionante



O ano era 2005 e meu grande amigo Miltin Quebra-mola insistia para que eu acompanhasse com ele os mistérios da Ilha de Lost. Eu sempre resisti. Até que um dia ele soltou essa frase: "Cara, é sensacional. Tem algum monstro na ilha, acredito que eles tenham viajado no tempo, parece com um dinossauro e do nada aparece um urso polar no meio de uma ilha tropical, sem contar um símbolo esquisito, parece egipcio ou mesopotâmico!"

Foi com essa frase que ele me convenceu a começar a assistir Lost. Peguei as duas temporadas com ele e não parei mais. Assisti as 2 temporadas seguidas, um capítulo depois do outro. Acredito que a terceira quando os mistérios dos: "os outros", da iniciativaDharma e os números chegaram ao máximo eu já estava pirando.

Ao mesmo tempo era intrigante acompanhar aqueles personagens que não se conheciam e nós, os telespectadores, como consciencia onipresente do passado e presente daquelas pessoas.

Com base nesses mistérios eu convenci dezenas de pessoas a acompanharem Lost. Namorada, amigos, colegas de trabalho, contatos da internet. É como o pessoal do NErd Cast afirmou: "eu não assistia Lost, eu vivia Lost". Isso porque depois de cada episódio rolavam horas de debates sobre o que estava pra acontecer na ilha. Sem contar que na internet, blogs, twitter, podcasts rolavam teorias e discussuões interminaveis.

No entanto, da quinta temporada em diante uma lógica foi mudada. Se em seus primeiros anos “Lost” utilizou-se da ciência, da física, da filosofia e da história para criar um fiel grupo de seguidores, ao longo dos últimos 17 capítulos a série utilizou da fé, do amor, da esperança e de soluções simplistas para responder poucas das muitas questões largadas no passado.
  1. O que eram os sussurros que se ouviam na floresta?
  2. Quem jogava comida "Dharma" na ilha já que o projeto tinha acabado?
  3. Por que Walt era especial?
  4. Por que se comentou tanto do nascimento de Aaron? Que importância teve?
  5. O que era a estátua de 4 dedos? Só a morada do Jacob?
  6. Como ocorreu a viagem no tempo e o deslocamento da ilha?
  7. Por que certas pessoas são curadas e outras não?
  8. O que eram os números?
  9. Por que Jack fez aquela tatuagem estranha?
  10. O que eram os hieroglifos na escotilha?
Esses mistérios permaneceram e ficarão eternamente sem resposta.

O grande mistério de “Lost” foi a ilha. Era ela quem agregava todos os personagens e muito se especulou sobre seu significado desde que ursos polares apareceram na floresta e defuntos começaram a caminhar sozinhos. No entanto, o foco passou a ser apenas os personagens e a ilha se tornou nada mais que um lugar de expiação e redenção.

A realidade paralela seria um purgatório, um ritual de passagem para o céu, o paraíso ou qualquer outro nome religioso que exista para definir a vida após a morte (o vitral da igreja, com diversas religiões retratadas, reforça essa teoria).

Selecionados por Jacob (fé), uma entidade cuja função é a de proteger aquele local único de seu irmão (razão), todos aqueles que levaram uma vida infeliz e solitária estiveram ali na ilha para cumprirem uma pena e terem uma segunda chance, que serviu para descobrirem quem realmente eram a fim de despertarem em um outro plano espiritual - a realidade paralela.

Como explica Christian Shepard ao filho Jack, na emocionante cena final, a igreja é um lugar em que todos chegaram juntos para que pudessem encontrar uns aos outros na realidade paralela, pois a parte mais importante da vida de cada um foi o tempo que passaram juntos na ilha.

No começo do ano, os produtores executivos Carlton Cuse e Damon Lindelof adiantaram que o 6º ano de “Lost” teria uma relação maior com a 1ª temporada. E que o restante deveria ser encarado como parte uma grande jornada, de uma experiência à parte. O foco não seria responder aos mistérios, mas fornecer um bom final aos personagens.

Esqueça a Iniciativa Dharma, o templo ou as viagens no tempo de Faraday. Essas questões continuarão a fazer parte de um universo mantido apenas pelos fãs - que, aliás, desde que a série nasceu foram responsáveis por criarem na internet teorias muito superiores àquela sugerida em "The end" ou em outros episódios.

Eu pensei que a inclusão de uma arqueóloga e um físico na penúltima temporada dariam as explicações que eu tanto ansiava para a saga. No entanto, eles tiveram o mesmo papel que teve o Rodrigo Santoro. Não levaram a lugar algum!

Realmente, se eu pudesse resumir a última temporada de LOST eu diria apenas: decepcionante. A maioria dos colegas pra quem eu perguntei: "se decepcionaram com o final de Lost" responderam: "Ah, que nada, eu já tinha desistido na 4ª temporada".

Eu fui mais crédulo, citando meu mais querido seriado (cujo o final também foi um lixo) eu dizia pra mim mesmo: "I Want to Believe". Me frustrei mas acredito que valeu as especulações durante a série e o chinelo da Shannon, reparem no detalhe: