Caríssimos cinéfilos:
Essa notícia realmente me espantou. Nessa terça-feira, dia 9, assistindo a uma reprise da entrega dos prêmios da National Board of Reviewm, vi Meryl Streep, com seus 64 anos, fazendo críticas severas a Walt Disney em um discurso de nove minutos.
Streep subiu ao palco da cerimônia não como ganhadora, mas para homenagear sua colega Emma Thompson, eleita melhor atriz por seu papel em "Walt nos Bastidores de Mary Poppins", em que interpreta P.L. Travers, a criadora da famosa babá.
O filme conta a história da relação de Travers com Disney enquanto trabalhavam na adaptação da obra para o cinema, em 1964.
"Alguns de seus associados disseram que Walt Disney não gostava de mulheres", disse a atriz, parafraseando o animador Ward Kimball, segundo o qual seu chefe "não confiava em mulheres ou gatos".
A atriz disse também que Disney apoiava o lobby da indústria anti-semita, além de ter preconceitos de gênero.
Ela leu uma carta escrita pela empresa em 1938 para uma aspirante a animadora, que dizia: "mulheres não fazem nada do trabalho criativo relacionado a preparar os desenhos para a tela. Essa tarefa é feita inteiramente por homens jovens".
A maior parte do discurso de Streep, porém, foi dedicado a elogiar Thompson, a quem chamou de "uma artista maravilhosa" e "quase uma santa", além de recitar uma ode que fez para a colega.
Outros premiados na noite foram o ator Bruce Dern (melhor ator de "Nebraska"), Will Forte (melhor ator coadjuvanete por "Nebraska") e Octavia Spencer (melhor atriz coadjuvante por "Fruitvale Station: A Última Parada").
O filme "Her" levou o prêmio de melhor longa e melhor diretor, para Spike Jonze.
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