Cinéfilos, caríssimos:
Você já foi apaixonado pela Kimberly, a Power Ranger rosa? Ficava todo enciumado quando o Ranger Verde dava uns abraços nela? Poisé, falaremos hoje dos Tokusatsus!
Não é “Game of Thrones”, nem “Walking Dead”. Sequer passa na televisão – ou está nas locadoras. Mesmo assim, milhares de fãs assistem os episódios à exaustão, mesmo após seu fim, como a história dos seis amigos de Nova York, e arrebanham seguidores fiéis até o último episódio, como os fãs da saga de Walter White. São as chamadas tokusatsus, séries japonesas focadas em super-heróis e efeitos especiais.
Mesmo tendo sumido da TV aberta após seu auge no Brasil, nos anos 1990, quando as tardes da TV Manchete eram povoadas por Jaspion, Jiraya, Changeman, Lion Man, e afins, essas produções seguem conservando e atraindo um público aficionado que se reúne em comunidades virtuais e eventos para difusão e troca de material e notícias sobre as séries.
Duas das principais comunidades do gênero hoje no Brasil são a Senpuu, uma das pioneiras, fundada em 2006 pelos mineiros Mozart Gomes, Luiz Schenk e Ana Carolina Dias, e a Mega Hero, em atividade desde 2011 com os baianos Raphael Maiffre e Leonardo Cruz à frente do projeto. Apesar da origem regional, os dois grupos agregam fãs de todo o país em sites e redes sociais. São jovens entre 20 e 30 anos “órfãos” das séries exibidas na Manchete, movidos pela nostalgia dos personagens da infância, e adolescentes entre 12 e 15 anos atraídos pela linguagem renovada de um mercado que neste ano completa seis décadas de existência e nunca parou de produzir – o filme “Godzilla”, de 1954, é considerado o marco das tokusatsus e só a Toei, principal produtora do segmento, realizou quase 70 séries de TV entre 1959 e 2013.
“Existem séries para o público infantojuvenil, só para crianças, e algumas para adultos, que têm carga dramática muito maior. Algumas têm roteiro bem elaborado, outras nem tanto, mas são todas focadas em super-heróis”, detalha Mozart Gomes, 28, fã de tokusatsu da “geração Manchete”. Ele calcula que já tenham sido feitas mais de 400 produções do gênero.
Com bastante precisão, Mozart e Raphael citam os mesmos três nomes ao serem questionados sobre as três séries mais cultuadas pelo público brasileiro em meio a tantas produções: “Jaspion”, “Kamen Rider Black” (que no Brasil sofreu uma inversão no título e foi exibida como Black Kamen Rider) e “Changeman”.

Garimpo. Fora da televisão brasileira, as séries (novas e antigas) hoje são garimpadas na internet. Segundo Mozart, a principal fonte de material são sites norte-americanos que legendam em inglês os programas. Posteriormente, as legendas são vertidas para o português. Em alguns casos, os episódios não são legalmente liberados para download. Raphael lamenta a carência de lançamentos oficiais. “As empresas perdem com isso. Se lançassem DVDs aqui no Brasil, teriam um público para consumir”.

Dia do Tokusatsu. Mesmo diante da indiferença das donas do mercado, até dia para festejar as séries japonesas o Brasil já tem. Em 2012, o Mega Hero criou o Dia do Tokusatsu, que desde então é celebrado no dia 3 de novembro, mesma data em que o filme “Godzilla”, precursor do gênero, foi lançado nos cinemas, em 1954. A ideia é promover o universo tokusatsu por meio de encontros e manifestações nas redes sociais. “Queríamos comemorar, mas também chamar mais gente pra conhecer essas séries. Tivemos um feedback muito positivo. De 2012 pra 2013, mais pessoas participaram da data. Não imaginávamos que tanta gente iria aderir”, avalia Raphael.
Para terminar:
Ela foi sua primeira paixão, admita! Hoje eu acho que ela tinha um jeitinho de menina mimada e nojentinha. Mas nossa, na época eu nem notava!
Para terminar:
Ela foi sua primeira paixão, admita! Hoje eu acho que ela tinha um jeitinho de menina mimada e nojentinha. Mas nossa, na época eu nem notava!
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