sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Uma pessoa pode mudar o mundo


Hoje foi um dia de isolamento. Eu me sentia como a Clarice Lispector, como um estrangeiro que desembarca em um país exótico em dia de greve dos transportes. O dia foi preenchido com escrita, reflexões, saudades, leitura, filmes... todas ações introspectivas, sem contato humano. O mundo lá fora do quarto não parecia interessante, talvez porque durante as férias eu tenha me confrontado com doses abruptas e cavalares de truculência e desamor. O engraçado é que esse tom não foi a constante das férias, mas chocou-me. Com isso nesse dia as ruas, o contato humano, o outro se tornou desinteressante. Preferi o quarto com essa tela mágica, com minha limitada mas fascinante biblioteca, com flores na janela, com edredrom macio e uma biografia inteira da Clarice Lispector pra mim.


Este livro chegou até mim como as cartas de Alberto Knox para Sofia, em o Mundo de Sofia., inesperadamente, através do correio, de repente está lá, sobre a sua cama um mundo de letras a ser desvendado.

A pessoa que me enviou este livro achocolatado é uma espécie de D. Quixote de saias do mundo comtemporaneo. Ela não se limita as conveniencias do dia-a-dia. Ela faz o contrário, ela quebra os paradigmas da rotina com situações inusitadas e inesperadas como esta.

O único alento que eu tive aquela noite foi este livro e nessa noite, minha cara Lux, você foi como uma fada sininho pra mim, uma sininho real que vem até a Janela e me faz viajar por uma outra realidade.

A você e a Clarice meu muito obrigado pela magia derramada, doada carinhosamente ao leitor anônimo, que com o livro nas mãos abstrai dessa realidade cinza e penetra aos poucos no cativante mundo de Clarice Lispector.

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